Chegaram as férias! Nada melhor do que passar serões numa explanada ou assistir a concertos ao ar livre. Vai ser preciso relembrar o meu passado dentro desses moldes. Passava mais tempo fora do que dentro de casa. E quando me recordo do fora, recordo-me de Xutos & Pontapés e no ano em que completaram 30 anos de carreira. Quem não se lembra? Como sempre estiveram imparáveis. Editaram um álbum homónimo (o 12º de estúdio) e anunciaram com pompa e circunstância que iriam percorrer o país para celebrar as três décadas de existência. O culminar da intensa digressão seria o primeiro concerto de estúdio, em nome próprio, a ter lugar no Estádio do Restelo, em Lisboa. Não é preciso grande exercício de memória para recordar a noite de 26 de Setembro. O recinto desportivo da capital transbordou de fâs e energia para dar convenientemente os parabéns a Tim, Zé Pedro, João Cabeleira, Kalú e claro, o Gui. O sucesso foi estrondoso, na companhia de alguns amigos: Camané, Pacman (dos Da Waesel), Pedro Gonçalves (Dead Combo) juntaram-se à festa e os Tara Perdida e Os Pontos Negros asseguraram a primeira parte do espectáculo. Quem não se lembra? Pelos ouvidos de quem lá esteve passaram sucessos como "Não Sou o Único", "Conta-me Histórias", "Contentores", "Chuva Dissolvente" e, como não poderia deixar de ser "Homem do Leme" (em dueto com Camané). Depois de apresentar também outros temas, a banda terminou em alta com dois dos temas mais emblemáticos dos 30 anos de carreira: "A Minha Casinha" e "Para Ti Maria". Segundo Zé Pedro "O concerto superou tudo o que a banda estava à espera". Foi a cereja no topo do bolo. Como eu, os fãs saíram completamente rendidos e a pedir que eles continuem assim, como o Vinho do Porto, cada vez mais maduros. Grandes Xutos nas novidades!
Joka Trindade
(José Carlos Trindade)
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