Kim Gordon e Ikue Mori, aconteceu mesmo!

Kim Gordon e Ikue Mori juntas em Portugal, aconteceu mesmo! Dois nomes de peso da cena musical nova-iorquina, Kim Gordon e Ikue Mori, passaram este verão pela Galeria Zé dos Bois. As duas veteranas juntaram-se em Lisboa para uma atuação que se revelou arrebatadora!

A influência de Miss Gordon no rock alternativo é incontornável. Esta senhora foi baterista, guitarrista (dos Sonic Youth), lidera a banda Free Kitten (com Julia Cafritz), pertence ao grupo Harry Crews e tem colaborado ao longo dos anos com inúmeros músicos. Mas não fica por aqui, moda, artes plásticas e cinema são também vertentes da sua preenchida carreira. Mais uma senhora muito afinadinha e completa a merecer a minha mais devota obediência!

Ikue Mori é um dos nomes muito associados a Kim Gordon, igualmente uma figura importante da onda eletrónica. A compositora e improvisadora é uma das mais respeitadas do meio sem dúvida alguma, particularmente aclamada pela sua capacidade de inovação. Outro nome com muita energia na veia a não desprezar, e como diria o grande Zeca Afonso: quem diz o contário é tolo. Compadres, elas anda aí!

Joka Trindade
(José Carlos Trindade)

Laetitea no palco

Aconteceu no passado Sábado por terras setubalences, numa festa-concerto privada, a luso-francesa Laetitea esteve presente. Entre os convidados encontravam-se algumas caras bem conhecidas. Todos puderam testemunhar o desempenho de três bandas da noite enquanto se entretinham num generoso barbecue. Do alinhamento musical que se estendeu até perto das 4 horas da madrugada, foi preciso esperar até às 02:00 para desfrutar de uma pré-audição do anunciado "Supersistible" de Laetitea. Uma actuação que não deixou ninguém indiferente. Este foi sem grandes cálculos o momento alto da noite. Agora a minha preferência vai para a versão live. Se dúvidas havia, ficou claro que o território desta ex-manequim da loja Porfírios passa incontestavelmente pelo palco. A produtora-realizadora e inconformada cantora desmentiu entretento que esta iniciativa motive qualquer assunto sério, tendo salientado uma vez mais que tudo não passa de um feliz "passa-tempo".

O "passa-tempo" de estúdio tem como título "Supersistible", sendo que o single de apresentação, com o mesmo nome, poderá ser escutado no site oficial de Laetitea, em www.laetitea.com. Sabe-se para já que, para além deste tema, uma dinâmica mistura de melody core, metal e boa-disposição, o registo inclui trabalhos remasterizados datados de 2009, já apresentados em locais como o Pacha Ofir. Quanto a actuações ao vivo, podem contar com mais apresentações planeadas para finais de Setembro, em França e Portugal. Seja como for, fica uma certeza para quem pensa descobrir um pouco mais desta figura, dotada de um natural misterioso, no palco: a atmosfera provocada ao vivo só contribui para inquietar ainda mais. Boas férias!

Xutos sempre

Chegaram as férias! Nada melhor do que passar serões numa explanada ou assistir a concertos ao ar livre. Vai ser preciso relembrar o meu passado dentro desses moldes. Passava mais tempo fora do que dentro de casa. E quando me recordo do fora, recordo-me de Xutos & Pontapés e no ano em que completaram 30 anos de carreira. Quem não se lembra? Como sempre estiveram imparáveis. Editaram um álbum homónimo (o 12º de estúdio) e anunciaram com pompa e circunstância que iriam percorrer o país para celebrar as três décadas de existência. O culminar da intensa digressão seria o primeiro concerto de estúdio, em nome próprio, a ter lugar no Estádio do Restelo, em Lisboa. Não é preciso grande exercício de memória para recordar a noite de 26 de Setembro. O recinto desportivo da capital transbordou de fâs e energia para dar convenientemente os parabéns a Tim, Zé Pedro, João Cabeleira, Kalú e claro, o Gui. O sucesso foi estrondoso, na companhia de alguns amigos: Camané, Pacman (dos Da Waesel), Pedro Gonçalves (Dead Combo) juntaram-se à festa e os Tara Perdida e Os Pontos Negros asseguraram a primeira parte do espectáculo. Quem não se lembra? Pelos ouvidos de quem lá esteve passaram sucessos como "Não Sou o Único", "Conta-me Histórias", "Contentores", "Chuva Dissolvente" e, como não poderia deixar de ser "Homem do Leme" (em dueto com Camané). Depois de apresentar também outros temas, a banda terminou em alta com dois dos temas mais emblemáticos dos 30 anos de carreira: "A Minha Casinha" e "Para Ti Maria". Segundo Zé Pedro "O concerto superou tudo o que a banda estava à espera". Foi a cereja no topo do bolo. Como eu, os fãs saíram completamente rendidos e a pedir que eles continuem assim, como o Vinho do Porto, cada vez mais maduros. Grandes Xutos nas novidades!

Joka Trindade
(José Carlos Trindade)

One Minute Silence... Buy Now...

Desta vez trago uma outra malha dos velhos tempos, mas que continua a soar no ouvido. Quem não se lembra do segundo álbum dos norte-americanos One Minute Silence (OMS)? Os mais atentos já terão, com certeza, ouvido o explosivo Holy Man, uma mistura de estrofes repletas de energia funky-rock com refrões claustrofóbicos, onde a voz do excelente brian 'Yap' Barry conquista um lugar de relevo. Holy Man foi o primeiro single do álbum e representa a essência deste segundo trabalho dos OMS. É que, de facto, o álbum constitui uma derradeira descarga constante de energia, com as vocalizações de Barry a atingirem momentos altos em Rise and Shine e Fish Out of Water. Por outro lado, a influência do funky-metal dos Rage Against The Machine é uma constante, embora por vezes os OMS deixem evoluir a sua música para sonoridades mais pesadas, casos de A Spoonful of Sugare On Deaf Ears. Apesar do destaque dado ao vocalista Barry, os restantes elementos (Glen Diani, no baixo; Massimo Fiocco, na Guitarra) assumem na perfeição as suas responsabilidades. Grande obra gravada nos Chapel Studios (Nova Iorque) e produzido por Colin Richardson. É para curtir!

Quicktime

Desde há muitos anos que a Apple e a Microsoft travam aquela luta sem quartel pela liderança do multimédia. Contudo, a Apple parece ter conquistado uma vantagem decisiva no campo do authoring multimédia e do domínio dos formatos padrão da indústria. O QuickTime tem ocupado, desde o seu aparecimento, um lugar importante no campo do multimédia. Em MacOS, ele foi, desde logo o padrão.
Mas também em Windows, o QuickTime firmou a sua posição, a ponto de, actualmente, ser praticamente impossível existir um sistema instalado sem que o QuickTime lá esteja. Isso apesar de durante todo este tempo a Microcoft ter feitos gigantescos esforços para o tornar dispensável.

O QuickTime está disponível numa estrutura modular. Modelos acima permite gravar noutros formatos, ou efectuar conversões (por exemplo: de MOV para AVI, ou de MP4 para AVI, de MP3 para WAV, ou AIFF, de AIFF para WAV ou vice-versa).

O velho MS2000 é uma caixinha de surpresas

Na semana passada foi preciso desenrascar máquinas para um anúncio publicitário. A caixa escolhida surpreendeu pela positiva. À primeira vista, a caixa do sintetizador tem um aspecto muito semelhante ao dos outros sintetizadores analógicos virtuais existentes no mercado, como o JP-8000 ou outros teclados da Novation (o Nova e o Supernova), facto a que não será de todo alheio a cor azu-escura, comum a todos.

Alguns factos a ter em conta: 2 osciladores mais gerador de ruído. Filtros passa-agudos e passa-banda (12 dB), passa-graves (12 e 24 dB) com ressonantes. 128 presets e conectores audio In 1 e 2, L/R out, pedal e pedal de interrupção (footswitch).

Blaze mais...

Hoje trago pouca coisa. Ou muita, neste velho Silicon Messiah! Destaque absoluto para as guitarras de Steve Wray e John Slater. Não restam dúvidas que a principal riqueza do projecto de Blaze assenta nas poderosas e melódicas da citada dupla, quer nos riffs quer nos solos. Malta, está dito, o resto é convosco...

Motorhead

Destaque para Born To Kick Ass dos Motorhead. Já é um trabalho com alguns anos mas para mim é um dos melhores da banda de Lemmy. Dez temas originais, com malhas explosivas See Me Burning, Stagefright/Crash & Burn e We Are Motorhead, assim como a única balada do álbum, One More Fucking Time. Gravados nos Karos Studios (Alemanha) e produzido pelo grupo, acompanhado por Bob Kulick, Bruce Bouillete e Duane Barron. Este trabalho passa pelo tempo sem ganhar uma única ruga!